Uma banda que permaneço uma amizade com seu guitarrista Wellington Lelis e que acompanhei o nascimento do álbum e que por o mundo sempre dar voltas, ele hoje acompanha o nascimento do meu e aliás, está a produzir o meu, nos trouxe a ideia do que seria essa Roda dos Excluídos. Se você pesquisar bem, a roda do excluído traz um trocadilho do punk rock que abre em shows para a prática do "slam dance" e que também traz a memória de quando pais não podiam criar os filhos por conta da pobreza , órfãs e/ou a criança era bastarda (termo pejorativo para crianças nascidas fora do casamento oficial), elas eram colocadas nesse mecanismo da Igreja Católica para que essa a criasse ou as colocassem para adoção e assim, tentar dar uma dignidade para a criança.
A caridade sempre foi mais obra da Igreja em si do que do Estado que, tenta sequestrar para si o cuidado dos pobres, mas não consegue erradicar esse problema. Aliás, todo pensamento totalitário que propõe paraísos na Terra são geradores de infernos.
Eu nasci em lar católico e me lembro das campanhas da fraternidade e talvez por isso seja um entusiasta de música espiritualizada, sacra, judia, positiva e gospel, pois a cada ano, saía um vinil com a música tema e um que não sai da minha cabeça é "Terra de Deus, Terra de irmãos". Outro cantado por essa banda é "Seu Nome É Jesus Cristo".
A verdade é que Jesus disse que "os pobres sempre teremos conosco" e as Escrituras nos ensinam que "aquele que ajuda o pobre empresta a Deus". Isso não é demonizar o rico como movimentos ideológicos querem propor, pois a prosperidade é bíblica, deve ser conquistada e desejada, mas não deve ser o alvo da nossa vida de fé. Por isso que o equilíbrio da Palavra é a generosidade, ou seja, aquele que está na pobreza é convidado para sair dela, para lutar a sair dela, se integrar na sociedade, coisa que só uma pessoa que busca o Senhor através dessa entrada por essa Roda do Excluído e aquele que tem uma condição melhor de vida ajude esse a sair disso. É utópico, eu sei.
Ricos e pobres pecaram e carecem da glória de Deus. A Palavra é clara - "todos pecaram" e nenhum deve se sobrepor sobre o outro. C.S. Lewis de quem eu li muitos livros já trazia a ideia da falta de equilíbrio em seu Cartas do Inferno onde o demônio aconselhava um demônio aprendiz para tornar uma pessoa num pacifista ou num patriota, ou seja - um era parado demais, não se defendia ou não tinha a capacidade de se defender e o outro um caçador de guerras. Ele também trouxe que tanto poderosos ideológicos em Cristianismo Puro e Simples querem sequestrar Jesus como um aliado e não um Senhor, Rei e Mestre. Se naquela época era assim, hoje como diz o sábio "Nada de Novo Debaixo do Céu".
A Roda do Excluído é um convite a passar pela porta que é Jesus. Em Jesus está a verdadeira liberdade. Se eu faço o que quero e interfiro na liberdade do outro e não consigo dizer não, eu sou um libertino. Não sou livre de fato. Ser livre é ter força para dizer não. Seja livre. Essa roda está aberta para você.
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