quarta-feira, 18 de julho de 2018

RESENHA DE LIVRO: CHAMADO AO DISCIPULADO DE KARL BARTH


Não há como não se emocionar em ler esse livro. Embora Karl Barth tivesse sido liberal e com a Igreja na Europa perecendo no período pós primeira guerra, essa autor se converte e se torna um referencial da neo-ortodoxia. O que é a neo-ortodoxia? Falando de maneira simples e leiga é crer que a Bíblia é a Palavra de Deus mesmo com alguns erros. Logicamente, quem me conhece, eu busco ser ortodoxo, ou seja, eu creio que a Bíblia é a INERRANTE Palavra de Deus. Entretanto, isso não tira o demérito desse livro.

Karl Barth cria que o chamado de Deus era para todos, mas somente os discípulos são capazes de ouvi-lo. O seguir, até mesmo numa visão rabínica, era imitar ao Deus todo poderoso. 


..."é uma questão de seguir as qualidades ou atos de Deus:

  • Plantando a terra como Deus plantou o jardim do Éden
  • Vestindo a nudez como Deus vestiu Adão
  • Visitando o doente como Deus visitou Abraão
  • Confortando o triste como Deus confortou Isaque
  • Enterrando o morto como Deus enterrou Moisés" (página14)
Logicamente eu faço um adendo, pois a carta de Judas mostra o Arcanjo Miguel brigou pelo corpo de Moisés.

A pessoa pode rejeitar o chamado de Deus, como no caso do jovem rico, e quando alguém chamado por Jesus, não pode querer estabelecer regras para segui-Lo.

"Fé não é obediência, mas como obediência não é obediência sem fé, fé não é fé sem obediência. Elas andam juntas, como o trovão e o relâmpago em uma tempestade". (página 25)

O que me marca nesse livro que seguir a Jesus é seguir um caminho sem volta, ou seja, tomar a sua cruz. Fala contra a graça barata que é inimiga da Igreja do Senhor. E de que quando amamos nossos inimigos, logo, nos tornamos amigos.

O livro é curto e vale a pena a leitura. 

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