Formada em 2003, no ABC Paulista, hoje composta por Thiago (bateria), Leandro (Contra-baixo), Tony (vocal) e Nick (guitarra e vocal), a banda tem como objetivo adorar. Pelas letras das músicas, você não vê uma mensagem cristã de protesto, de consciência social como fazem a maioria das bandas punks cristãs, mas letras de adoração e, conversando com eles, a sensação que tenho é de que são pessoas rendidas ao Deus vivo, não que outras bandas não sejam, mas é só apenas uma impressão particular. Só isso. Por isso, fiz questão de colocar como a Banda Resgate (referência em letras pastorais, bíblicas) do Hardcore Punk. Eu falei com Tony, ao qual teve uma notícia, um boato vinculado pela internet, de sua morte... Quem conhecia a banda até ficou em choque até que o "defunto" (risos) aparece e desmente o boato. Não foi milagre de ressurreição, pessoal (risos) foi só boato. Vamos para as perguntas:
Cristo Suburbano: Verificando o significado do nome "Dsarme?" pelo site da banda, qual foi o tipo de oração e quais as mudanças que geraram na vida de cada um dela?
Tony: Em 2003, mesmo estando na igreja, nós tocávamos em bandas seculares e não vivíamos uma vida cristã, e em um certo momento, tivemos algumas complicações na vida, muitas cabeçadas, e em um acampamento da Primeira Igreja Presbiteriana de Santo André, conversamos e oramos para que Deus nos aceitasse de volta, nos direcionasse a uma vida verdadeiramente cristã, e a oração terminava assim: Deus Supremo e Amoroso Retoma Meu Espírito? - e com as iniciais da frase nasceu o nome Dsarme?.
Cristo Suburbano: Quais são as principais influências musicais da banda?
Tony: Nossas principais influências vem do punk rock, hardcore californiano dos anos 80 e 90 de bandas como: Pennywise, Face to Face, Hot Water Music, Dogwood, Call to Glory e Close Your Eyes. O louco disso tudo é que na hora de compor, a coisa vem de uma forma sobrenatural, buscamos a mensagem primeiro, como e sobre o que vamos falar da Palavra de Deus, e depois que encaixamos a melodia, aí colocamos essas influências citadas.
Cristo Suburbano: Existem trabalhos novos, além daqueles no soundcloud (no final da matéria, você pode clicar na imagem e conferir, fazer downloads)? Para esses novos trabalhos, estão degustando alguma influência musical nova?
Tony: Sobre trabalhos novos, estamos em fase de composição do disco novo, estamos com umas dez músicas prontas, queremos fazer esse álbum mais completo, com umas doze ou catorze músicas - a dificuldade é que isso fica caro - e estamos buscando recursos para essas gravações, mas acreditamos que Deus proverá se for da vontade Dele. Hoje, estamos em um momento bem adoração, ouvindo bastante Livres para Adorar, Hillsong e Jesus Culture. Acredito que tem bastante dessas novas influências no disco novo, só que sem perder a espinha dorsal da banda que é o hardcore.
Cristo Suburbano: A banda já existe desde 2003, com o leque de experiências acumuladas pelo decorrer dos anos. Cite uma boa e uma ruim.
Tony: Tivemos algumas experiências ruins - e as que nos mais marcam, são aquelas que foram em eventos que podemos considerar grandes - no qual, dentro do Backstage, recebemos muitas promessas de contratos de pastores e suas gravadoras, buscando sempre o fator monetário como prioridade, e algumas das estrelas da música gospel, com seus seguranças, evitando aquelas pessoas que só estavam lá para prestigiá-las. As boas superam tudo isso, pois sempre que saímos de casa para louvar a Deus, somos surpreendidos com respostas a várias de nossas orações, sempre que cola uma tiazinha abençoada para falar conosco, já sabemos que é alguma mensagem de Deus para nossa vida e sempre acaba em choro. Agora temos também as histórias engraçadas, ao qual a líder de jovens chama a gente sem apresentar a banda para o pastor e logo depois, na segunda música, pede pra gente parar com o som (risos), só que depois de um bom papo com ele, ele entende o propósito de adoração da banda, aí fica tudo certo e a gente acerta uma data mais tranquila, por isso que a gente pergunta se o pastor da igreja conhece a banda, a forma como a mensagem é passada.
Cristo Suburbano: Vocês fizeram shows com bandas conhecidas como Rumbora, Dead Fish, Dance of Days... Sabendo que tal público delas tem uma resistência a fé em Jesus, visto até mesmo a convicção política dessas bandas, qual foi a reação dele e das demais? Surgiram bons contatos, amizades?
Tony: Bom, esse foi um momento inicial da banda, em que tínhamos como objetivo chegar às pessoas fora da igreja, entre 2003 e 2005, mais ou menos... os shows eram bacanas, a galera sempre respeitou, as bandas também, saíram muitos contatos desses shows, amizades que duram até hoje, mas, em algum momento desse caminho, nos corrompemos e deixamos a vaidade tomar o lugar da adoração, recebíamos muitos elogios e o ego gritou demais (o que é normal, natural do ser humano), e, internamente brigávamos muito. Então, o baterista que tocava conosco se mudou para Florianópolis para ser missionário, e com isso, ficamos parados até 2009. Nesse ano, voltou aquela vontade de tocar juntos, nos ligamos, e após uma longa conversa, pedidos de perdão, a escolha de um pastor que até hoje acompanha a banda, nos dá aula de discipulado, pega no nosso pé todo o dia, nosso amado bispão, Pr. Vagner Camacho, demos um foco diferente na banda, decidimos mais não tocar em eventos seculares - não que achamos errado as bandas entrarem nesse meio - que na verdade, nos achamos fracos para isso, já fomos até lá e não conseguimos buscar ninguém, pelo contrário, quase é que nós saímos do Caminho que Jesus ensina. Hoje, com certeza, vivemos uma parada muito louca, não buscamos a fama, nem fãs, mas buscamos irmãos, que em algum momento da vida se perderam, ou que voltaram para o caminho de Deus, e nossas experiências de vida podem de alguma forma ajudar esses amados.
Cristo Suburbano: Qual o conselho que vocês dão para quem quer começar uma banda nova?
Tony: Temos alguns erros que cometemos e isso quase custou esse momento maravilhoso que vivemos hoje, então, antes de querer bater no peito e querer montar uma banda, busque querer conhecer a Palavra de Deus, estude a bíblia, busque um pastor para discipular a banda. Depois, dê o seu melhor para Deus, se dedique nos estudos dos instrumentos, batalhe sempre por bons equipamentos, embora essa não seja a fórmula exata, tem dado certo conosco. Somos felizes no que fazemos, todos integrantes da banda se amam como irmãos, não que nós não discordamos às vezes, mas sempre buscamos respostas na Palavra de Deus. Deus abençoe muito vocês que estão lendo, e, qualquer ajuda que possamos dar, é só chamar no face que estamos lá.
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2 comentários:
Caraca que loko essa entrevista curti!!!!
Glória à DEUS e Aleluia !!!
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